Busto de Azevedo Cruz

RESOLUÇÃO Nº 003/2011

Determina o Tombamento de Patrimônio Material do Município de Campos dos Goytacazes e dá outras providências.

O presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal - COPPAM - no uso das atribuições que lhe confere o Artigo 3º da Lei 7.527, de 19 de dezembro de 2003, alterada pela Lei 8.151, de 26 de março de 2010, e em cumprimento o que estabelece o Artigo 172, inciso II, letra “f”, da Lei Orgânica do Município, e o Artigo 30, inciso IX da Constituição da República,

RESOLVE

Artigo 1º - Ficam Tombados como Patrimônio Material do Município de Campos dos Goytacazes, os seguintes Bustos, Estátuas, Efígies, Marcos Comemorativos e Monumentos, consideradas de grande expressão cultural e histórica e referências dos foros de civilização dos munícipes:

PATRIMÔNIO MATERIAL

BUSTO DE AZEVEDO CRUZ 

(PRAÇA NILO PEÇANHA)

Artigo 2º - Fica a cargo da Secretaria Municipal de Cultura e do COPPAM - Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal -, de acordo com o Artigo 226 e 229 da Lei Municipal 7972, de 31/03/2008, o desenvolvimento de projetos de valorização cultural pertinentes a este ato.

§ Único - Sejam os incisos do artigo anterior lançados no Livro de Tombos.

Artigo 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Campos dos Goytacazes, 27 de Dezembro de 2011.

Orávio de Campos Soares

Presidente do COPPAM

HISTÓRICO - João Antônio de Azevedo Cruz, nasceu em Campos dos Goytacazes no dia 22 de julho de 1870. Formou-se em Direito na cidade de São Paulo e logo que terminou o curso retornou a Campos, onde começou a exercer sua profissão de advogado destacando-se pela sua qualidade de bom orador. Casou-se com Adelaide Lobo, com quem teve dois filhos.
Azevedo Cruz não ficou só no terreno advocatício por muito tempo, pois logo foi atraído pela política, tendo sido eleito deputado e, logo após,  nomeado Chefe de Polícia, cargo que exerceu até o fim de seus dias. No campo das letras, além de jornalista combativo e poeta inspirado, Azevedo Cruz também escreveu , também, para o teatro.

Mas, o que marcou de modo incomum a existência de Azeveo Ccruz foi outra facdeta, aquela emanada de sua alma de artista, da poetia, Deixemos que fale a seu respeito em relação a este fato um homem de imprensa, Átila de Alvarenga:

"Culto exímio do verso, o seu nome não era somente conhecido do nosso meio literário, que aliás sabia aquilatar com devida justiça o seu valor intelecual, manifestado com o êxito em várias produções poéticas que fazem parte das nossas coleções de jornais”.

Todavia é com um poema pepico, al quel Luiz de Camões, que ingressou na imortalidade. E nunca será demais repetir este versos que são a melhor pagina da história de Campos que se poderia escrever. Estamos nos referindo ao célebre e sempre declamado poema “Amantia Verba”, de cujos versos se compõe o hino de Campos, com música de Newton Perissé Duarte. Faleceu muito jovem, na cidade de Friburgo, no dia 22 de janeiro de 1905, aos 34 anos de idade.No seu sepultamento, no Cemitério do Caju, a Lira de Apolo executou a “Marcha Fúnebre”.